2º PRÊMIO DE DESIGN INSTITUTO TOMIE OHTAKELEROY MERLIN O QUE É? O PRÊMIO DE DESIGN INSTITUTO TOMIE OHTAKE LEROY MERLIN lança um olhar para o design como campo expandido e para sua relação com outras disciplinas – […]
O PRÊMIO DE DESIGN INSTITUTO TOMIE OHTAKE LEROY MERLIN lança um olhar para o design como campo expandido e para sua relação com outras disciplinas – a arquitetura, a biologia, a engenharia e as ciências sociais, entre outras.
Voltado a estudantes universitários e recém-formados de todas as áreas, o Prêmio propõe a cada edição um tema para instigar soluções inovadoras que respondam a desafios atuais do cenário social, cultural, político e econômico.
O Prêmio não se restringe a categorias e acolhe projetos de naturezas diversas, incluindo aqueles que têm como foco de interesse a produção de objetos, mobiliário, vestuário, publicações, novos equipamentos e tecnologias, mídias digitais, intervenções que atuem sobre a vida nas cidades e qualquer outro processo de desenho de soluções para a melhoria da qualidade de vida no mundo contemporâneo.
Cada proponente pode inscrever até cinco projetos.
Não podem participar: funcionários do Instituto Tomie Ohtake, ou da Leroy Merlin e membros do Júri da presente edição do Prêmio e seus parentes de até segundo grau.
Projetos inéditos que ainda não foram executados pela indústria ou pelo comércio, adequados ao tema CIRCULAR.
Podem ser inscritos projetos de design de forma irrestrita, independentemente de sua natureza ou categoria. São aceitos, portanto, projetos ligados a arquitetura, biologia, educação, engenharia, experiência, gráfico, interiores, jogos, joias, mobiliário, moda, paisagismo, produto, serviço, social, tecnologia, urbanismo e web, entre outros que porventura não foram elencados aqui.
O círculo é parte de nossa imagética mais pueril. Uma forma constitutiva desde as primeiras garatujas às traquitanas contemporâneas e aos maquinários desenvolvidos com tecnologia de ponta. Mesmo no processo de alfabetização, circular é um verbo recorrente. Usualmente, nos remetemos a ele para dar destaque a uma palavra ou a algo que, na fruição da leitura, parece nos chamar a atenção.
Embora a forma circular esteja já calcada em nosso imaginário, o verbo circular também é parte de nossa formação. Entendemos, quase subjetivamente, as diferentes noções de ciclos quando nos referimos a processos naturais e às especificidades do desenvolvimento de nossos biomas. Os ciclos hidrológicos e os ciclos da vida permeiam nossa percepção de mundo e ligam-se, quase que diretamente, ao nosso entendimento mais perene da passagem do tempo.
Andar em círculos, assim como outras expressões correntes, também faz parte do imaginário popular. O circular como sinônimo de ciclo e de marcações temporais de vida e morte aparece nas mais diferentes culturas e religiões: do ouroboros do antigo Egito às danças e ritos de religiões de matriz africana. As rodas e giras nas danças ritualísticas evocam a dubiedade entre sagrado e profano, feminino e masculino. Em muitos casos, o girar em torno de si é um processo meditativo de autodescoberta e emancipação do eu.
Circular também é comunicar. Muitas vezes nos esquecemos de uma de suas mais remotas acepções, que nos remetem aos comunicados com regras e condutas que circulam nas repartições públicas. Embora esse sentido tenha algo de arcaico, a mídia, as redes sociais e os adventos da notícia instantânea norteiam nossa rotina diária. Estar antenado é, cada vez mais, saber surfar pelas avalanches que nos chegam diariamente em nossos dispositivos eletrônicos. Muitas das soluções mais pertinentes às demandas cotidianas passam hoje pelo enfrentamento de como informar e como apresentar com tamanha circulação de dados, alguns de veracidade questionável.
Junto aos dados, nosso entendimento de mundo hoje perpassa muitas noções de circulação exaustivamente abordadas em narrativas cinematográficas, prosaísticas, youtubianas. A metrópole que nunca dorme aparece recorrentemente associada ao fluxo constante de automóveis e outros meios de transporte, ao entra e sai de pessoas em polos comerciais, às oscilações do capital nas bolsas que condicionam os mais diferentes tipos de investimento. Dos serviços alternativos de transporte à uberização de nossos trajetos, tudo parece estar em movimento, e a simples intromissão em algum desses ciclos é sinônimo de caos.
A demanda pela circulação na economia também condiciona nossos padrões de consumo, colocando em xeque noções de obsolescência e fazendo uma apologia ao uso compartilhado e a uma economia sustentável. Projetar hoje, tendo em vista uma economia circular, é prever reaproveitamentos, usos futuros, novas instâncias de produção e consumo. Da moda ao design de objetos e produtos, a reciclagem e o upcycling vêm abrindo uma profícua gama de possibilidades.
Com base nessas amplas e frutíferas discussões, o júri da segunda edição do Prêmio de Design Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin elencou o tema CIRCULAR como desafio proposto aos universitários de todo o Brasil. Seja como forma, como sinônimo de deslocamento, de movimento, de comunicação, troca e renovação, o júri propõe aos universitários das diferentes áreas estes questionamentos: Como o CIRCULAR se insere em suas proposições projetuais? Como ele desenha possibilidades e enfrentamentos futuros? Como o CIRCULAR se articula com a noção de inovação?
Por Autor entende-se aquele que acompanhou todas as etapas de elaboração do projeto e que pode tanto assumir a responsabilidade autoral pelo projeto quanto responder por suas decisões e princípios nos âmbitos de discussão e formação que constituem o foco deste edital.
Dada a condição de autoria coletiva do projeto, entende-se que devem ser informados no formulário de inscrição, no campo “Autor(es)”, os nomes dos coautores, de forma que todos os créditos sejam devidamente atribuídos em caso de seleção do projeto.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas de 16 de maio a 8 de outubro de 2019 aqui: INSCREVA-SE
Um arquivo PDF de até 30 MB (trinta megabytes), contendo: até três pranchas síntese, formato A3 (420mm X 297mm), na orientação “paisagem”, com os elementos gráficos suficientes para caracterização e apresentação do projeto, podendo incluir: desenhos técnicos, perspectivas, maquetes, esquemas explicativos, infográficos, detalhes dos componentes e memorial descritivo.
Obrigatório:
Todas as informações solicitadas devem estar incluídas no arquivo PDF.
É opcional o envio de um link de vídeo (YouTube ou Vimeo) de apresentação do projeto, com duração de até 2 (dois) minutos.
O Júri estabelecerá a metodologia de seleção e avaliação dos projetos considerando estes critérios:
Adequação com o tema CIRCULAR, com soluções que respondam de forma criativa, instigante, inovadora e bem fundamentada a essa problemática.
Inventividade projetual e construtiva: seja no que concerne a aspectos estéticos do projeto, seja por meio de soluções projetuais que empreguem novas tipologias, novos materiais.
Sustentabilidade: contemplando propostas que promovam o necessário equilíbrio entre as dimensões ambientais, sociais e econômicas dos projetos, e que estejam em sintonia com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Esse aspecto pretende ressaltar soluções que não acarretem danos ambientais e que reduzam custos de manutenção do projeto sem aumentar o uso de recursos naturais.
PROTOTIPAÇÃO DO PROJETO E ORIENTAÇÃO COM MEMBRO DO JÚRI
Até 15 projetos serão selecionados para participarem da fase de desenvolvimento e prototipação. Nesta fase o proponente recebe a verba de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para realização do protótipo de seu projeto. Cada selecionado receberá orientações de um dos membros do júri, por meio de três reuniões via Skype.
EXPOSIÇÃO NO INSTITUTO TOMIE OHTAKE E CATÁLOGO
Os protótipos desenvolvidos durante a fase de prototipação serão expostos no Instituto Tomie Ohtake no primeiro semestre de 2020. Na abertura da exposição serão conhecidos os três projetos, dentre os presentes na exposição, que serão premiados com cursos livres de design em instituições internacionais. Os projetos presentes na exposição serão publicados no catálogo da edição referente à premiação.
CURSO LIVRE DE DESIGN EM INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS
Três projetos, dentre os presentes na exposição, serão premiados com cursos livres de design em instituições internacionais.* O curso pode ser utilizado pelo proponente principal ou por outra pessoa, desde que ela faça parte da equipe do projeto, tendo sido mencionada na ficha de inscrição.
*Serão fornecidas passagens, alimentação e hospedagens necessárias. É de total responsabilidade dos premiados a obtenção de vistos e documentação necessários para as viagens.
Fonte e mais informações: http://premiodesign.institutotomieohtake.org.br/regulamento/
* Os textos, vídeos e áudios publicados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da Cesu.